- INTRODUÇÃO
Se alguém aceita um serviço, que veja nisso um apelo de Deus” (1 P 4,11) “Uma responsabilidade espiritual é sempre um apelo do Senhor e não pode ser deturpada. Quer dizer, é preciso manter a união com Cristo que no-la confiou”
Padre Roger TANDONNET
Na Bíblia os apelos são numerosos.
Quem quer que seja o profeta, Abraão, Moisés ou os discípulos no Novo Testamento, Deus sempre se dirige nomeadamente a uma pessoa bem determinada : Samuel, Tiago, João…em vista duma missão bem precisa; sempre para renovar ou para reforçar a sua aliança com o povo.
E ainda hoje, apercebemo-nos da ação do Senhor. Pensemos no apelo a Madre Teresa, Jean Vanier, Irmã Emmanuelle, o nosso Santo Padre João Paulo II…e tantos outros, próximos ou mais distantes, mais ou menos conhecidos. A lista é longa!
O apelo a Maria é, sem dúvida, para nós, um exemplo por excelência. Retomemos a leitura do primeiro capítulo do Evangelho de S. Lucas ( Lc 1, 26-38) e observemos aí, alguns elementos que permitem verificar as características fundamentais do verdadeiro apelo cristão.
1. Deus utiliza os intermediários : … o anjo Gabriel foi enviado por Deus.
2. O apelo inscreve-se, concretamente, na história do homem: … numa cidade da Galileia, chamada Nazaré.
3. A uma pessoa determinada … uma jovem virgem, que tem um acordo de casamento com um homem da casa de David, chamado José.
4. Que se dirige a ela chamando-a pelo nome: … e o nome da jovem era Maria. … O anjo … diz : “Eu te saúdo, Maria…”
5. O apelo perturba-nos: … ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se, e inquiria de si própria o que significava tal saudação.
6. Mas Deus diz: … “Não tenhas receio … porque tu achaste graça diante de Deus.”
7. Sentimo-nos bem pobres e pequenos diante da imensidade da tarefa e pomo-nos imensas interrogações: …“Como vai isso ser feito … ?”.
8. Mas Deus tranquiliza-nos, enviando-nos o Seu Espírito … “O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a Sua sombra…”.
9. Deus dá-nos, além disso, sinais que confirmam o apelo. Compete-nos estarmos abertos e descobri-los … “Também a tua prima Isabel concebeu um filho na sua velhice e está já no sexto mês…
10. Finalmente, respondemos confiantes como Maria: “Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a Tua palavra.” Sabendo que … “nada é impossível a Deus.”
11. Deus dá-nos, além disso, sinais que confirmam o apelo. Compete-nos estarmos abertos e descobri-los … “Também a tua prima Isabel concebeu um filho na sua velhice e está já no sexto mês…
12. Finalmente, respondemos confiantes como Maria: “Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a Tua palavra.” Sabendo que …“nada é impossível a Deus.”
Toda a responsabilidade nas ENS é um Serviço.
O Movimento das ENS não é estruturado sobre os princípios das democracias políticas. Não estamos “ao serviço” porque propusemos a nossa candidatura, fazemos campanha com um programa constituído de promessas e estamos ligados a uma ou a outra maioria.
Nós fomos chamados, não só pelos nossos méritos, mas porque o Senhor pousou o Seu olhar sobre nós.
Na Bíblia os apelos são numerosos.
Quem quer que seja o profeta, Abraão, Moisés ou os discípulos no Novo Testamento, Deus sempre se dirige nomeadamente a uma pessoa bem determinada : Samuel, Tiago, João…em vista duma missão bem precisa; sempre para renovar ou para reforçar a sua aliança com o povo.
E ainda hoje, apercebemo-nos da ação do Senhor. Pensemos no apelo a Madre Teresa, Jean Vanier, Irmã Emmanuelle, o nosso Santo Padre João Paulo II…e tantos outros, próximos ou mais distantes, mais ou menos conhecidos. A lista é longa!
O apelo a Maria é, sem dúvida, para nós, um exemplo por excelência. Retomemos a leitura do primeiro capítulo do Evangelho de S. Lucas ( Lc 1, 26-38) e observemos aí, alguns elementos que permitem verificar as características fundamentais do verdadeiro apelo cristão.
1. Deus utiliza os intermediários : o anjo Gabriel foi enviado por Deus.
2. O apelo inscreve-se, concretamente, na história do homem:… numa cidade da Galileia, chamada Nazaré.
3. A uma pessoa determinada uma jovem virgem, que tem um acordo de casamento com um homem da casa de David, chamado José.
4. Que se dirige a ela chamando-a pelo nome: e o nome da jovem era Maria. … O anjo … diz : “Eu te saúdo, Maria…”
5. O apelo perturba-nos: ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se, e inquiria de si própria o que significava tal saudação.
6. Mas Deus diz: “Não tenhas receio porque tu achaste graça diante de Deus.”
7. Sentimo-nos bem pobres e pequenos diante da imensidade da tarefa e pomo-nos imensas interrogações: … “Como vai isso ser feito
8. Mas Deus tranquiliza-nos, enviando-nos o Seu Espírito O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a Sua sombra…”.
9. Deus dá-nos, além disso, sinais que confirmam o apelo. Compete-nos estarmos abertos e descobri-los “Também a tua prima Isabel concebeu um filho na sua velhice e está já no sexto mês…
10. Finalmente, respondemos confiantes como Maria: “Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a Tua palavra.” Sabendo que “nada é impossível a Deus.”
11. Deus dá-nos, além disso, sinais que confirmam o apelo. Compete-nos estarmos abertos e descobri-los “Também a tua prima Isabel concebeu um filho na sua velhice e está já no sexto mês…
12. Finalmente, respondemos confiantes como Maria: “Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a Tua palavra.” Sabendo que da é impossível a Deus.”
Toda a responsabilidade nas ENS é um Serviço.
O Movimento das ENS não é estruturado sobre os princípios das democracias políticas. Não estamos “ao serviço” porque propusemos a nossa candidatura, fazemos campanha com um programa constituído de promessas e estamos ligados a uma ou a outra maioria.
Nós fomos chamados, não só pelos nossos méritos, mas porque o Senhor pousou o Seu olhar sobre nós.
Pousando sobre ele o Seu olhar, diz, “vem e segue-me” (Mc 10,21).
Somos chamados por Jesus:
“Assim como o meu Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós” (Jo 20,21
Estamos convencidos de que o Senhor colocou em nós os meios, os dons necessários, antes mesmo de nos chamar. Não nos preocupemos, portanto, com o que vamos dizer ou fazer. É o Espírito do nosso Pai que falará por nós. (Mt 10,20).
A exemplo destes primeiros apóstolos que “deixaram as suas redes e seguiram-No”, nós respondemos com alegria ao seu apelo.
O apelo do Senhor é, acima de tudo, de Sua iniciativa, não da nossa. Respondemos ao seu olhar de amor pousado sobre nós e sobre o nosso casal.
Voltemos a ler, neste mesmo sentido, a parábola dos talentos. (Mt 25, 14-30)
Dá a cada um os talentos, segundo as suas capacidades. O Mestre conhece, antecipadamente, as possibilidades dos seus servidores. Ele sabe antecipadamente quais as nossas capacidades. Não nos pede o impossível. Pelo contrário, Ele espera de nós que demos todo o nosso pleno rendimento, que demos fruto em abundância. O “servo mau e preguiçoso” da parábola é repreendido pelo mestre pela sua preguiça, por não ter levado aos banqueiros o seu dinheiro para render. Mas a “todo aquele que tem, dar-se-á e terá em abundância”, porque é digno da confiança do mestre, porque pôs a render os seus talentos.
Finalmente, logo que nos apercebemos do seu apelo, pomo-nos à escuta do Senhor e, à semelhança de Samuel dizemos “Eis-me aqui, pois me chamaste” “falai, Senhor, vosso servo escuta” (1S3, 1-10).
1.1. O espírito de serviço
A propósito do serviço às Equipas de Nossa Senhora, o “Guia das ENS” diz “Muitas vezes, no mundo,“responsabilidade” é sinônimo de força e poder. Quando Cristo lavou os pés dos seus discípulos, ele mostrou-nos uma outra maneira de exercer a nossa responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora, pondo-nos ao serviço dos nossos irmãos e irmãs. Nas Equipes, a responsabilidade é um convite a um amor maior, e todas as responsabilidades são apelos ao serviço”.
Isto resume perfeitamente o espírito do serviço nas ENS
Recordemos, sempre, o exemplo de Jesus.
“O maior de entre vós será o vosso servo” (Mt 23,11)
Jo 13, 15-16
“Ora se eu vos lavei os pés, sendo Senhor e Mestre, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo, não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou.
Somos chamados a renunciar a nós mesmos para nos darmos aos outros. Não somente porque estamos ao “serviço”, mas porque, imitando o Mestre, queremos viver mais e radicalmente o nosso compromisso de cristão no mundo.
1.2. Confiando no Senhor
“Felizes os pobres” (Mt 5,3)
Os pobres das Bem-Aventuranças são aqueles que se entregam totalmente à Providência de Deus. Aqueles que confiam totalmente n´Ele.
O pobre é aquele que, segundo S. Paulo, reconhece a sua própria fraqueza. “Cum pauper, tum potens sum “ (2 Cor 12,10). Quando me sinto fraco, então é que sou forte”. Quando reconheço a minha fraqueza, as minhas limitações e ponho toda a confiança no Senhor, entregando-me totalmente a Ele, é então nessa altura que pode agir através de mim, utilizando todos os dons que Ele próprio me concedeu. É então que eu me sinto forte para servir o Senhor.
Feliz aquele que não se orgulha do que recebeu, dos dons que o Senhor colocou nele, mas que o leva naturalmente ao louvor. “A minha alma glorifica o Senhor, e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador…porque Ele fez em mim maravilhas” (Lc 1,46-49).
Portanto, remeto para Ele todas as minhas preocupações, todas as minhas atitudes.
Qual de vós, se o filho lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente?… quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!” (Lc 11,11-13
Não nos diz o Senhor, do mesmo modo que dizia aos seus discípulos, quando os enviava em missão, para não terem medo, porque Ele está conosco “para sempre até ao fim dos tempos” (Mt 28,20)?
2. AS ETAPAS DO APELO
É preciso relembrar que na prática, as diferentes etapas, podem repetir-se tantas vezes que o novo responsável não está definitivamente nomeado.
Parece-nos, no mínimo, importante que cada “candidatura” siga o mesmo percurso e passe por cada uma das etapas do apelo.
Lembremo-nos, igualmente, que é o Senhor que chama, e que temos de nos colocar inteiramente nas suas mãos. Só uma oração verdadeira e assídua, pode dar-nos as condições de confiança total na sua ação. É a altura de nos tornarmos suficientemente pobres de nós mesmos, para nos colocarmos à sua escuta, maleáveis ao seu Espírito.
É aconselhável efetuar o apelo do novo casal para “o serviço” antes do fim do serviço do casal a ser substituído, para que o novo casal possa dispor de um tempo de aprendizagem e possa conhecer melhor as particularidades do serviço para o qual é chamado.
2.1. UM TEMPO PARA O DISCERNIMENTO
2.1.1. Para o casal que apela
Lembremos que esse “tempo” começa no dia em que um casal respondeu positivamente ao apelo de se colocar ao serviço do Movimento. È desde o primeiro dia, efetivamente, que se deve estar atento aos casais, a fim de descobrir os carismas neles escondidos. Durante a duração do seu mandato o responsável encontrará, então, o momento propício para colocar um ou outro casal “à prova”, confiando-lhe uma qualquer tarefa pontual.
Lembramos que o apelo de um responsável para as Equipes faz-se na colegialidade. O documento sobre a “colegialidade nas Equipes de Nossa Senhora” editado pela ERI, depois de um estudo, fruto dos colégios de Melbourne e de Roma, fala do “apelo” nos seguintes termos :
“Desde as origens das Equipes de Nossa Senhora, a Colegialidade faz parte das práticas de funcionamento do nosso Movimento, com a finalidade de um bom entendimento mas também para a tomada de decisões. Por outro lado, implica a presença de casais que responderam a um apelo, em vista de serviços definidos.
Este apelo, que passa por homens e mulheres, é antes de mais um apelo do Senhor para prestar um serviço. Logo, Ele confere a cada um os mesmos direitos e os mesmos deveres e assegura assim as condições indispensáveis à constituição duma verdadeira colegialidade”. …
As entidades super-regionais, regionais ou os setores ligados à ERI são lugar privilegiado para o exercício da colegialidade e do espírito de comunhão com o Movimento na Igreja universal: esta pela competência das suas instâncias na resolução dos problemas locais de organização ou da gestão das Equipes de Nossa Senhora, na escolha e no apelo a novos responsáveis e na animação do Movimento.”
No processo do apelo encontram-se as mesmas leis, os mesmos princípios daqueles que governam a verdadeira colegialidade. Lembremo-los aqui, sem entrar em detalhes, revendo para isso um documento sobre a “colegialidade”: a igualdade, a transparência, o debate, o equilíbrio entre colegialidade e responsabilidade, a cadeia da colegialidade. O apelo se implica, por um lado, uma caminhada com o sinal do espírito de colegialidade, ele implica igualmente estes:
• uma procura comum da verdade
• uma procura de comunhão e de consenso
• o estabelecimento duma confiança
• um processo de responsabilização e de decisão
• uma aceitação, sem reserva, da decisão comum
• um tempo de discernimento
• um tempo de consulta
• um tempo de resposta
2.1.2. A Procura do Casal para um serviço ou do Conselheiro Para o casal que recebe o apelo
Lembremo-nos que o apelo se dirige a um “casal” e não a um dos cônjuges. É, portanto, em casal, que as diferentes etapas acima mencionadas são vencidas.
Para o seu discernimento, o casal apoiar-se-á, entre outros, nos Pontos Concretos de Esforço: oração conjugal, dever de sentar-se, oração pessoal…
Distinguimos principalmente as etapas seguintes:
• um tempo de oração
2.1.3. Espiritual
Cada entidade responsável (Setor, Região, Super-Região, Internacional) tem os seus próprios hábitos, as suas próprias maneiras para recolher (com a maior discrição) um máximo de nomes. O que é essencial é que isso seja feito duma forma colegial no seio da equipe responsável dessas entidades.
Não ter medo de insistir nem de voltar a contactar os candidatos que antes tinham recusado a comprometer-se. As circunstâncias da vida podem, entretanto, ter mudado, e as motivações igualmente. E lembremo-nos também que é o Senhor que apela.
2.1.4. A pré-consulta
O fim desta primeira etapa concretiza-se por uma lista de vários nomes (3 ou 4) de “possíveis candidatos”.
O aviso do casal de ligação com a entidade correspondente será solicitado:
Para o Setor : o casal responsável da Região
Para a Região : o casal responsável da Super-Região ou da Província
Para a Província : o casal responsável da Super-Região
Para a Região ou Setor diretamente ligado à ERI : o casal de ligação de Zona
Para a Super-Região : o casal de ligação de Zona
Os resultados desta etapa de procura serão, de seguida, partilhados no Colégio da respectiva entidade, que será consultada por aviso.
2.1.5. Ajuda para o discernimento na escolha
Para nos ajudar a orientar a nossa procura de um casal para “o serviço” às ENS, observemos os casais, memorizando os elementos seguintes :
Toda a responsabilidade das ENS é vivida em casal. No casal em questão, mesmo que um dos cônjuges, por exemplo, se exteriorize mais facilmente do que o outro, os dois cônjuges estão ambos implicados? Tomam as decisões em casal?
Logo que os tenhamos visto agir no seio das ENS, fizeram prova do sentido de organização, dum espírito de serviço, do sentido da verdadeira colegialidade? Sabem eles delegar, ou querem eles fazer tudo?
Têm uma equipe de base pronta a aceitar o seu compromisso e a ajudá-los?
Trata-se dum casal irradiante?
Trata-se dum casal para quem a oração é essencial? Confiam no Senhor, sempre que têm de tomar decisões importantes? Fazem apelo ao discernimento do Espírito?
Qual o seu conhecimento do Movimento, dos seus carismas, da sua pedagogia? Gostam verdadeiramente do Movimento? Acreditam na sua pedagogia?
Qual é a participação do casal na vida do Movimento?
Que experiência anterior têm do Movimento? Que outros serviços já lhe prestaram?
Qual é a sua capacidade de escuta do outro?
Amam a Igreja? Têm consciência do que aí se passa?
Qual o nível da sua educação religiosa? (eventualmente, interrogar, mas discretamente, o Conselheiro Espiritual do Setor, da Super-Região)
Antes de aceitar pôr-se ao serviço do Movimento, o casal deverá efetuar escolhas entre diferentes compromissos, tanto pessoais como de casal, isto é, estabelecer prioridades. Está pronto a sentar-se e a discernir com a ajuda do Espírito Santo? Ou vai tentar acumular e talvez diluir os seus compromissos? Iremos, talvez, ajudá-lo a discernir.
Facilidade de relacionamento com outros.
….
Com certeza que ninguém é possuidor de todas estas qualidades ao mesmo tempo. Haverá uma ou outra que faltam. Será levado a encontrar um bom equilíbrio, um certo compromisso.
Se não pudermos responder a uma ou a outra questão, por falta de conhecimento do casal, procuremos informar-nos ou “pô-los à prova”, numa ou noutra ocasião.. Não tomar uma resolução de último minuto mas preparar a sucessão com suficiente antecedência.
2.2. Um tempo para a decisão
2.2.1. A escolha de um Casal para o serviço ou do Conselheiro Espiritual
Depois de recolhidos todos estes conselhos, voltará à entidade respectiva, Equipe Responsável da Região, Super-Região, Internacional que estabelecerá, colegialmente, a sua escolha. Só, então, o responsável poderá fazer o apelo.
2.2.2. O apelo para o responsável da respectiva entidade
As condições do apelo devem ser preparadas cuidadosamente:
Na oração.
Por um encontro pessoal.
Dando ao casal um tempo de reflexão, suficientemente longo, mas com limites e determinado em conjunto.
Nada substitui um encontro pessoal para, com tempo, explicar ao casal a missão desse apelo e para poder responder a todas as questões. Evitar os apelos feitos por telefone, carta ou Internet!
Nunca é demais insistir sobre a importância de apresentar o “serviço”, para o qual fazemos apelo, com toda a clareza e verdade. De que serviço se trata?. Quais os cargos e as responsabilidades? Qual a sua duração? O que é que já está feito? Etc.
2.3. Um tempo para a nomeação
A nomeação oficial é feita pelo casal responsável
Para o Setor : pelo casal responsável da Região
Para a Região : pelo casal responsável da Super-Região ou da Província, ou da ERI para as Regiões ligadas directamente à ERI.
Para a Super-Região: pelo casal responsável da ERI
Para o Responsável ou para o Conselheiro Espiritual da ERI : com a aprovação do Presidente do Conselho Pontifício para os Leigos.
2.4. Um tempo para a formalização
Este representa a etapa administrativa, que permite, no futuro, que o novo responsável possa ser o destinatário de tudo o que lhe diz respeito no Movimento.
Distinguimos as tarefas seguintes:
O casal cessante preenche a ficha de informação para a escolha do Casal Responsável ou do Conselheiro Espiritual (estas fichas estão disponíveis no Secretariado Internacional em suporte informático e de papel) (cf em anexo 1 e 2). Envia, por correio, uma cópia aos acima mencionados.
O casal cessante envia por correio o pedido de nomeação ao responsável da respectiva entidade.
A formalização final para o correio de nomeação do casal responsável
para o Setor: o casal responsável da Região
para a Região : o casal responsável da Super-Região ou da Província
para as Regiões ou Setores ligados à ERI : o casal responsável da ERI
para a Super-Região : o casal responsável da ERI
3. QUAL A DURAÇÃO PARA CADA SERVIÇO ?
O Setor 3 anos
A Região 4 anos
A Super-Região ou a Província 5 anos
A ERI 6 anos
O tempo do serviço é variável:
Para os membros das respectivas equipes, casais ou Conselheiros Espirituais
Para todos os serviços ligados aos respectivos responsáveis (Equipes - satélite, Secretariado…)
4. RENOVAÇAO DA ERI
A renovação dos membros da Equipe Responsável Internacional (ERI), do seu Conselheiro Espiritual e do seu Casal Responsável, segue o mesmo procedimento do descrito no presente documento.
Para a eleição de novos membros, o Colégio ERI-SR participa activamente na procura e na pré-consulta, e é a ERI que apela.
No que diz respeito ao seu Casal Responsável, é preciso saber que a sua nomeação é objecto do pré-acordo do Conselho Pontifício para os Leigos e é apresentado pela ERI. Este acordo refere-se também para a nomeação do Conselheiro Espiritual, que deve também receber a autorização do seu superior eclesiástico.
Assim como para todas as necessidades, lembramos que os membros da ERI não representam os países de origem.
Por outro lado, a ERI não é formada por membros vindos de um mesmo país e é proporcional ao número de equipas destes países.
5. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
1. A Responsabilidade nas Equipas de Nossa Senhora. ERI, Maio de 1993
2. O Guia das Equipas de Nossa Senhora. ERI, Maio de 2001
A Colegialidade nas Equipas de Nossa Senhora. ERI, Janeiro de 20
Estamos convencidos de que o Senhor colocou em nós os meios, os dons necessários, antes mesmo de nos chamar. Não nos preocupemos, portanto, com o que vamos dizer ou fazer. É o Espírito do nosso Pai que falará por nós. (Mt 10,20).
A exemplo destes primeiros apóstolos que “deixaram as suas redes e seguiram-No”, nós respondemos com alegria ao seu apelo.
O apelo do Senhor é, acima de tudo, de Sua iniciativa, não da nossa. Respondemos ao seu olhar de amor pousado sobre nós e sobre o nosso casal.
Voltemos a ler, neste mesmo sentido, a parábola dos talentos. (Mt 25, 14-30)
Dá a cada um os talentos, segundo as suas capacidades. O Mestre conhece, antecipadamente, as possibilidades dos seus servidores. Ele sabe antecipadamente quais as nossas capacidades. Não nos pede o impossível. Pelo contrário, Ele espera de nós que demos todo o nosso pleno rendimento, que demos fruto em abundância. O “servo mau e preguiçoso” da parábola é repreendido pelo mestre pela sua preguiça, por não ter levado aos banqueiros o seu dinheiro para render. Mas a “todo aquele que tem, dar-se-á e terá em abundância”, porque é digno da confiança do mestre, porque pôs a render os seus talentos.
Finalmente, logo que nos apercebemos do seu apelo, pomo-nos à escuta do Senhor e, à semelhança de Samuel dizemos “Eis-me aqui, pois me chamaste” “falai, Senhor, vosso servo escuta” (1S3, 1-10).
1.1. O espírito de serviço
A propósito do serviço às Equipas de Nossa Senhora, o “Guia das ENS” diz “Muitas vezes, no mundo,“responsabilidade” é sinônimo de força e poder. Quando Cristo lavou os pés dos seus discípulos, ele mostrou-nos uma outra maneira de exercer a nossa responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora, pondo-nos ao serviço dos nossos irmãos e irmãs. Nas Equipes, a responsabilidade é um convite a um amor maior, e todas as responsabilidades são apelos ao serviço”.
Isto resume perfeitamente o espírito do serviço nas ENS
Somos chamados a renunciar a nós mesmos para nos darmos aos outros. Não somente porque estamos ao “serviço”, mas porque, imitando o Mestre, queremos viver mais e radicalmente o nosso compromisso de cristão no mundo.
1.2. Confiando no Senhor
“Felizes os pobres” (Mt 5,3)
Os pobres das Bem-Aventuranças são aqueles que se entregam totalmente à Providência de Deus. Aqueles que confiam totalmente n´Ele.
O pobre é aquele que, segundo S. Paulo, reconhece a sua própria fraqueza. “Cum pauper, tum potens sum “ (2 Cor 12,10). Quando me sinto fraco, então é que sou forte”. Quando reconheço a minha fraqueza, as minhas limitações e ponho toda a confiança no Senhor, entregando-me totalmente a Ele, é então nessa altura que pode agir através de mim, utilizando todos os dons que Ele próprio me concedeu. É então que eu me sinto forte para servir o Senhor.
Feliz aquele que não se orgulha do que recebeu, dos dons que o Senhor colocou nele, mas que o leva naturalmente ao louvor. “A minha alma glorifica o Senhor, e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador…porque Ele fez em mim maravilhas” (Lc 1,46-49).
Não nos diz o Senhor, do mesmo modo que dizia aos seus discípulos, quando os enviava em missão, para não terem medo, porque Ele está conosco “para sempre até ao fim dos tempos” (Mt 28,20)?
2. AS ETAPAS DO APELO
É preciso relembrar que na prática, as diferentes etapas, podem repetir-se tantas vezes que o novo responsável não está definitivamente nomeado.
Parece-nos, no mínimo, importante que cada “candidatura” siga o mesmo percurso e passe por cada uma das etapas do apelo.
Lembremo-nos, igualmente, que é o Senhor que chama, e que temos de nos colocar inteiramente nas suas mãos. Só uma oração verdadeira e assídua, pode dar-nos as condições de confiança total na sua ação. É a altura de nos tornarmos suficientemente pobres de nós mesmos, para nos colocarmos à sua escuta, maleáveis ao seu Espírito.
É aconselhável efetuar o apelo do novo casal para “o serviço” antes do fim do serviço do casal a ser substituído, para que o novo casal possa dispor de um tempo de aprendizagem e possa conhecer melhor as particularidades do serviço para o qual é chamado.
2.1. UM TEMPO PARA O DISCERNIMENTO
2.1.1. Para o casal que apela
Lembremos que esse “tempo” começa no dia em que um casal respondeu positivamente ao apelo de se colocar ao serviço do Movimento. È desde o primeiro dia, efetivamente, que se deve estar atento aos casais, a fim de descobrir os carismas neles escondidos. Durante a duração do seu mandato o responsável encontrará, então, o momento propício para colocar um ou outro casal “à prova”, confiando-lhe uma qualquer tarefa pontual.
Lembramos que o apelo de um responsável para as Equipes faz-se na colegialidade. O documento sobre a “colegialidade nas Equipes de Nossa Senhora” editado pela ERI, depois de um estudo, fruto dos colégios de Melbourne e de Roma, fala do “apelo” nos seguintes termos :
“Desde as origens das Equipes de Nossa Senhora, a Colegialidade faz parte das práticas de funcionamento do nosso Movimento, com a finalidade de um bom entendimento mas também para a tomada de decisões. Por outro lado, implica a presença de casais que responderam a um apelo, em vista de serviços definidos.
Este apelo, que passa por homens e mulheres, é antes de mais um apelo do Senhor para prestar um serviço. Logo, Ele confere a cada um os mesmos direitos e os mesmos deveres e assegura assim as condições indispensáveis à constituição duma verdadeira colegialidade”. …
As entidades super-regionais, regionais ou os setores ligados à ERI são lugar privilegiado para o exercício da colegialidade e do espírito de comunhão com o Movimento na Igreja universal: esta pela competência das suas instâncias na resolução dos problemas locais de organização ou da gestão das Equipes de Nossa Senhora, na escolha e no apelo a novos responsáveis e na animação do Movimento.”
No processo do apelo encontram-se as mesmas leis, os mesmos princípios daqueles que governam a verdadeira colegialidade. Lembremo-los aqui, sem entrar em detalhes, revendo para isso um documento sobre a “colegialidade”: a igualdade, a transparência, o debate, o equilíbrio entre colegialidade e responsabilidade, a cadeia da colegialidade. O apelo se implica, por um lado, uma caminhada com o sinal do espírito de colegialidade, ele implica igualmente estes:
• uma procura comum da verdade
• uma procura de comunhão e de consenso
Apesar do documento sobre a “colegialidade ter sido redigido a pedido e para o “colégio” da ERI e dos Responsáveis Super- Regionais, ele aplica-se, com as devidas alterações, às equipas animadoras de outros cargos no Movimento.
• o estabelecimento duma confiança
• um processo de responsabilização e de decisão
• uma aceitação, sem reserva, da decisão comum
• um tempo de discernimento
• um tempo de consulta
• um tempo de resposta
2.1.2. A Procura do Casal para um serviço ou do Conselheiro Para o casal que recebe o apelo
Lembremo-nos que o apelo se dirige a um “casal” e não a um dos cônjuges. É, portanto, em casal, que as diferentes etapas acima mencionadas são vencidas.
Para o seu discernimento, o casal apoiar-se-á, entre outros, nos Pontos Concretos de Esforço: oração conjugal, dever de sentar-se, oração pessoal…
Distinguimos principalmente as etapas seguintes:
• um tempo de oração
2.1.3. Espiritual
Cada entidade responsável (Setor, Região, Super-Região, Internacional) tem os seus próprios hábitos, as suas próprias maneiras para recolher (com a maior discrição) um máximo de nomes. O que é essencial é que isso seja feito duma forma colegial no seio da equipe responsável dessas entidades.
Não ter medo de insistir nem de voltar a contactar os candidatos que antes tinham recusado a comprometer-se. As circunstâncias da vida podem, entretanto, ter mudado, e as motivações igualmente. E lembremo-nos também que é o Senhor que apela.
2.1.4. A pré-consulta
O fim desta primeira etapa concretiza-se por uma lista de vários nomes (3 ou 4) de “possíveis candidatos”.
O aviso do casal de ligação com a entidade correspondente será solicitado:
Para o Setor : o casal responsável da Região
Para a Região : o casal responsável da Super-Região ou da Província
Para a Província : o casal responsável da Super-Região
Para a Região ou Setor diretamente ligado à ERI : o casal de ligação de Zona
Para a Super-Região : o casal de ligação de Zona
Os resultados desta etapa de procura serão, de seguida, partilhados no Colégio da respectiva entidade, que será consultada por aviso.
2.1.5. Ajuda para o discernimento na escolha
Para nos ajudar a orientar a nossa procura de um casal para “o serviço” às ENS, observemos os casais, memorizando os elementos seguintes :
Toda a responsabilidade das ENS é vivida em casal. No casal em questão, mesmo que um dos cônjuges, por exemplo, se exteriorize mais facilmente do que o outro, os dois cônjuges estão ambos implicados? Tomam as decisões em casal?
Logo que os tenhamos visto agir no seio das ENS, fizeram prova do sentido de organização, dum espírito de serviço, do sentido da verdadeira colegialidade? Sabem eles delegar, ou querem eles fazer tudo?
Têm uma equipe de base pronta a aceitar o seu compromisso e a ajudá-los?
Trata-se dum casal irradiante?
Trata-se dum casal para quem a oração é essencial? Confiam no Senhor, sempre que têm de tomar decisões importantes? Fazem apelo ao discernimento do Espírito?
Qual o seu conhecimento do Movimento, dos seus carismas, da sua pedagogia? Gostam verdadeiramente do Movimento? Acreditam na sua pedagogia?
Qual é a participação do casal na vida do Movimento?
Que experiência anterior têm do Movimento? Que outros serviços já lhe prestaram?
Qual é a sua capacidade de escuta do outro?
Amam a Igreja? Têm consciência do que aí se passa?
Qual o nível da sua educação religiosa? (eventualmente, interrogar, mas discretamente, o Conselheiro Espiritual do Setor, da Super-Região)
Antes de aceitar pôr-se ao serviço do Movimento, o casal deverá efetuar escolhas entre diferentes compromissos, tanto pessoais como de casal, isto é, estabelecer prioridades. Está pronto a sentar-se e a discernir com a ajuda do Espírito Santo? Ou vai tentar acumular e talvez diluir os seus compromissos? Iremos, talvez, ajudá-lo a discernir.
Facilidade de relacionamento com outros.
….
Com certeza que ninguém é possuidor de todas estas qualidades ao mesmo tempo. Haverá uma ou outra que faltam. Será levado a encontrar um bom equilíbrio, um certo compromisso.
Se não pudermos responder a uma ou a outra questão, por falta de conhecimento do casal, procuremos informar-nos ou “pô-los à prova”, numa ou noutra ocasião.. Não tomar uma resolução de último minuto mas preparar a sucessão com suficiente antecedência.
2.2. Um tempo para a decisão
2.2.1. A escolha de um Casal para o serviço ou do Conselheiro Espiritual
Depois de recolhidos todos estes conselhos, voltará à entidade respectiva, Equipe Responsável da Região, Super-Região, Internacional que estabelecerá, colegialmente, a sua escolha. Só, então, o responsável poderá fazer o apelo.
2.2.2. O apelo para o responsável da respectiva entidade
As condições do apelo devem ser preparadas cuidadosamente:
Na oração.
Por um encontro pessoal.
Dando ao casal um tempo de reflexão, suficientemente longo, mas com limites e determinado em conjunto.
Nada substitui um encontro pessoal para, com tempo, explicar ao casal a missão desse apelo e para poder responder a todas as questões. Evitar os apelos feitos por telefone, carta ou Internet!
Nunca é demais insistir sobre a importância de apresentar o “serviço”, para o qual fazemos apelo, com toda a clareza e verdade. De que serviço se trata?. Quais os cargos e as responsabilidades? Qual a sua duração? O que é que já está feito? Etc.
2.3. Um tempo para a nomeação
A nomeação oficial é feita pelo casal responsável
Para o Setor : pelo casal responsável da Região
Para a Região : pelo casal responsável da Super-Região ou da Província, ou da ERI para as Regiões ligadas directamente à ERI.
Para a Super-Região: pelo casal responsável da ERI
Para o Responsável ou para o Conselheiro Espiritual da ERI : com a aprovação do Presidente do Conselho Pontifício para os Leigos.
2.4. Um tempo para a formalização
Este representa a etapa administrativa, que permite, no futuro, que o novo responsável possa ser o destinatário de tudo o que lhe diz respeito no Movimento.
Distinguimos as tarefas seguintes:
O casal cessante preenche a ficha de informação para a escolha do Casal Responsável ou do Conselheiro Espiritual (estas fichas estão disponíveis no Secretariado Internacional em suporte informático e de papel) (cf em anexo 1 e 2). Envia, por correio, uma cópia aos acima mencionados.
O casal cessante envia por correio o pedido de nomeação ao responsável da respectiva entidade.
A formalização final para o correio de nomeação do casal responsável
para o Setor: o casal responsável da Região
para a Região : o casal responsável da Super-Região ou da Província
para as Regiões ou Setores ligados à ERI : o casal responsável da ERI
para a Super-Região : o casal responsável da ERI
3. QUAL A DURAÇÃO PARA CADA SERVIÇO ?
O Setor 3 anos
A Região 4 anos
A Super-Região ou a Província 5 anos
A ERI 6 anos
O tempo do serviço é variável:
Para os membros das respectivas equipes, casais ou Conselheiros Espirituais
Para todos os serviços ligados aos respectivos responsáveis (Equipes - satélite, Secretariado…)
4. RENOVAÇAO DA ERI
A renovação dos membros da Equipe Responsável Internacional (ERI), do seu Conselheiro Espiritual e do seu Casal Responsável, segue o mesmo procedimento do descrito no presente documento.
Para a eleição de novos membros, o Colégio ERI-SR participa activamente na procura e na pré-consulta, e é a ERI que apela.
No que diz respeito ao seu Casal Responsável, é preciso saber que a sua nomeação é objecto do pré-acordo do Conselho Pontifício para os Leigos e é apresentado pela ERI. Este acordo refere-se também para a nomeação do Conselheiro Espiritual, que deve também receber a autorização do seu superior eclesiástico.
Assim como para todas as necessidades, lembramos que os membros da ERI não representam os países de origem.
Por outro lado, a ERI não é formada por membros vindos de um mesmo país e é proporcional ao número de equipas destes países.
5. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
1. A Responsabilidade nas Equipas de Nossa Senhora. ERI, Maio de 1993
2. O Guia das Equipas de Nossa Senhora. ERI, Maio de 2001
A Colegialidade nas Equipas de Nossa Senhora. ERI, Janeiro de 20